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Colecionadores de Ex-líbris 
Brasil

Aqui você encontra uma relação dos principais  colecionadores de ex-líbris no Brasil.

Alberto Lima (1898-1971)  

Nasceu na cidade do Rio de Janeiro, na época Distrito Federal. Filho de José de Almeida Costa Lima e Dª. Ana Mendes Ladeira, fez seus primeiros estudos no Liceu de Artes e Ofícios. Foi poeta, professor de Desenho e Heráldica, atuou como chefe do Gabinete Foto-cartográfico do Ministério da Guerra e foi membro da Comissão de Estudos Históricos da Cidade do Rio de Janeiro. Foi editor artístico na “Revista da Semana” e “Nação Armada”.  Colaborou em importantes revistas como “D. Quixote”, “Correio da Manhã”, “Eu Sei Tudo”, “Cena Muda”, “O Radical”, “O Jornal”, “Excelsior”, etc. Conhecedor da arte da heráldica, criou inúmeros brasões para os municípios brasileiros. O seu nome figura em mais de 300 capas de livros de história e literatura, desenhadas por ele.
Uma das atividades que ele se dedicou com grande apreço foi a produção de ex-líbris, tendo desenhado aproximadamente 600 Ex-líbris, para bibliófilos, militares, pintores e diversas personalidades no país. Promoveu ainda diversas exposições, e criou associações de ex-librismo. Foi também Presidente da Confederação Interamericana de Ex-líbris e Diretor-Presidente do Clube Internacional de Ex-líbris. Essa trajetória fez despontar como um dos artistas mais renomados no ex-librismo nacional.  

Abrahão de Carvalho (1891-1970)

Natural de Jaguaruana, CE. Residiu na cidade do Rio de Janeiro. Foi contador, crítico musical e bibliófilo onde organizou a maior biblioteca Musical do Brasil, evidentemente a maior do país, talvez também da América latina. Composta por 17 mil exemplares, a coleção é rica em partituras e obras sobre música algumas raras dos séculos XVII e XVIII. Seu acervo cresceu de tal maneira que não tinha mais espaço para abrigar os livros. Foi obrigado a mudar de residência e vender todo o seu acervo de livros. Sua biblioteca foi adquirida pelo Governo Federal e incorporada ao acervo da Biblioteca Nacional em 1953.

Abrahão de Carvalho era também colecionador de ex-líbris e possuía uma coleção especial de ex-líbris musicais. Participou da 1ª Exposição Brasileira de Ex-líbris no MNBA em 1942.

Alceu Campos Pupo (1905-1990) 

Natural de Santos, SP. Foi Engenheiro e Presidente da Sociedade Numismática Brasileira. Tinha grande interesse por história, fotografia, numismática, filatelia, heráldica, genealogia e artes. Dedicou-se ao colecionismo em geral. Formou uma das maiores coleções de ex-líbris do Brasil, com mais de 4 mil exemplares, tendo um conjunto de ex-líbris estrangeiros com destaque como Alfred Cossmann, Karl Ritter, Figesten, Alberto Martini, etc. Além de relevante, sua  biblioteca com cerca de 60 livros sobre o tema entre boletins e diversas associações de ex-líbris. Alceu Pupo teve 07 ex-líbris pessoais.

André de Miranda (1957-     )

Natural do Rio de Janeiro. Gravador, pintor, ilustrador e artista educador. Estudou com Ciro Fernandes, Marcelo Soares, J. Borges e Anna Carolina; Marcelo Frazão e Heloísa Pires Ferreira.  Em 44 anos de carreira, realizou mais de 300 exposições individuais e coletivas no Brasil e no exterior, recebendo diversos prêmios, tendo obras em importantes acervos no Brasil e no exterior. É colecionador de ex-líbris desde 2004. 

Antonio Rodrigues de Mello (1911-1988)

Natural de Campinas, SP. Formou-se em Medicina no Rio de Janeiro, e foi um renomado neurologista. Foi professor Catedrático da Faculdade Nacional e da Faculdade de Medicina e Cirurgia. Trabalhou por longos anos no Instituto de Neurologia e também foi membro da Academia Nacional de Medicina. Desde jovem colecionava selos, depois passou a colecionar ex-líbris, formando excelentes coleções. Correspondeu-se com colecionadores de todo o mundo. Por ser um homem extremamente modesto, nunca teve seu próprio ex-líbris confeccionado.  Seus ex-líbris estão publicados no livro "Ex libris: coleção Antonio Rodrigues de Mello" organizado por Carlos Horcades.  

 

Fonte: HORCADES, C. M. Ex libris. 2017.

Antonio Teixeira Jacinto Júnior (1948-1990?)

Português radicado no Brasil desde 1949. Bibliófilo e colecionador de ex-líbris.  Publicou entre os anos de 1949 a 1952  vários artigos sobre os ex-líbris nos seguintes jornais:  Gazeta de Notícias (RJ), Jornal do Brasil (RJ), Jornal do Comércio (RJ), O Jornal (RJ), O Estado de S. Paulo (SP), O Globo (RJ). Atuou como tesoureiro no Clube Internacional de Ex-líbris. Depois do seu falecimento nos anos 90, a viúva voltou para Portugal e se desfez dos livros e de coleção de ex-líbris do Antonio Jacinto Júnior. Uma parte de sua coleção com o tema à luz, está atualmente com a colecionadora Elza Alemán.

Barão do Rio Branco (1845-1912) 
Natural do Rio de Janeiro. José Maria da Silva Paranhos Júnior, conhecido como o Barão do Rio Branco era jornalista, escritor, diplomata, e foi um dos principais estadistas brasileiros. Pertenceu à Academia Brasileira de Letras. É considerado o primeiro colecionador brasileiro de ex-líbris.

“O Barão do Rio Branco foi um homem erudito e possuía uma vasta biblioteca e em sua estadia na Europa passou a colecionar ex libris, se tornando o primeiro colecionador no Brasil. O início de sua coleção foi na Europa quando era Cônsul Geral em Liverpool de 1876 a 1893, passando depois pelos Estados Unidos da América de 1893 a 1895, indo para Suíça de 1898 a 1900 e na Alemanha de 1900 a 1902. Os amigos que fez pelo mundo e sabiam do seu gosto de colecionar os ex libris o presenteavam com exemplares considerados preciosos. A coleção do Barão é composta por 93 itens, que ao longo de sua carreira internacional na Europa despertou o gosto em colecionar essas pequenas obras de artes. Atualmente está na Biblioteca do Palácio do Itamaraty no Rio de Janeiro”

Fonte:  TEIXEIRA, Solange Simas. Tríade Histórica: Livro, Ex libris e Barão do Rio Branco, 2017.

Carlos Alberto Fernandes Brantes (1947-2010) 

Natural de Joinville, SC. Residiu em Curitiba, PR. Foi diretor de patrimônio do Instituto Histórico Geográfico do Paraná, onde reformulou a Pinacoteca da instituição e catalogava os mapas do estado. Foi membro do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina. Pesquisador e colecionador de ex-líbris com vários trabalhos publicados. Faleceu tragicamente quando um ônibus o atropelou em Curitiba.

Clado Ribeiro de Lessa (1906-1960)

Natural do Rio de Janeiro, fez seus estudos primários e secundários na capital federal, depois do que se matriculou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, pela qual se formou em dezembro de 1929. Tem acentuada inclinação para os estudos históricos, atingindo já a cerca de uma vintena os trabalhos de investigação, nesse campo, citando-se entre eles os seguintes: “Ensaio Biográfico do Padre Antonio João Lessa”, escrito em face de documentação impressas, inédita e oral. (Revista Genealógica Brasileira). Ensaísta, biógrafo, médico, bibliófilo e membro do Instituto Histórico e Geográfico da Paraíba, foi considerado o maior estudioso da vida e obra de Francisco Adolfo Varnhagen, Visconde de Porto Seguro (1816-1878), foi um militar, diplomata e historiador brasileiro. Sua primeira grande obra de síntese sobre a história do Brasil: História Geral do Brasil foi publicada em dois volumes entre 1854 e 1857, que apesar de ultrapassada em muitos aspectos permanece até hoje como um marco referencial incontornável. Além de ser colecionador de ex-líbris teve uma grande participação nas atividades ex-librista na década de 40 e 50, sendo um dos fundadores da Sociedade dos Amadores Brasileiros de Ex-líbris (SABEL) e também um dos organizadores da 1ª Exposição Brasileira de Ex-líbris em 1942 no Museu Nacional de Belas Artes.  A coleção de ex-líbris foi vendida para o colecionador e bibliófilo cearense José Augusto Bezerra e segundo o seu neto Rodrigo Ribeiro Lessa, a sua coleção de livros contendo seu ex-líbris pessoal foi vendida pela família para a Prefeitura do Rio de Janeiro em 2022, após o falecimento de seu pai, Carlos Lessa. Fonte: Revista Genealógica Brasileira.

Eduardo Rivera Palmeira Filho (1963- )

Natural do Rio de Janeiro, reside desde a infância em Porto Alegre/RS. Formado em Engenharia Elétrica e Direito pela Universidade Federal do RS, é juiz federal em Porto Alegre e professor de Direito. Bibliófilo, com ênfase em livros de poesia e escritores gaúchos. Autor de vários livros jurídicos. Colecionador de ex-libris há mais de 30 anos (coleção "indisciplinada", parafraseando José Mindlin, pois não sabe ao certo o número de exemplares).

Elysio Custodio Gonçalves de Oliveira Belchior (1923-2011) 

Natural do Rio de Janeiro, RJ. Filho de Custódio Gonçalves Belchior e Francisca Amália de Oliveira Belchior.  Economista, professor universitário e cartofilista. Graduou-se em Economia pela Faculdade de Ciências Políticas e Econômicas do Rio de Janeiro atual Faculdade Cândido Mendes em 1944. Um dos maiores colecionadores de cartões postais. Há décadas pesquisava e adquiria cartões brasileiros e estrangeiros que, com imensa generosidade, cedia para ilustrar publicações e realização de mostras. Foi responsável pela preservação e organização de mais de 200 mil exemplares desses cartões, que permanecerão como testemunha histórica de seus tempo e espaço.  Foi também pesquisador e membro do Instituto Histórico e Geográfico do Rio de Janeiro, além de ter uma coleção de ex-líbris.

Fonte: https://cbg.org.br/biografia/elysio-custodio-goncalves-de-oliveira-belchior

Ely Azambuja Germano (1901-1991) 

Natural do Rio Grande, RS. Formado na Faculdade de Odontologia de Pelotas, radicou-se em Curitiba em 1928, exercendo a profissão até 1951. Foi um dos fundadores do Foto Clube do Paraná. Ely Azambuja distinguiu-se como colecionador de selos, fotografia, autógrafos de pessoas famosas, moedas, medalhas e principalmente ex-líbris. O rico conjunto destas pequenas peças impressas, fruto de um intenso trabalho de pesquisa havia sido levada a público apenas duas vezes, durante o governo de Bento Munhoz da Rocha. É considerada uma das mais importantes coleções do Brasil. Em 1981, a Biblioteca Pública do Paraná adquiriu a coleção de ex-líbris do colecionador Ely Azambuja, através do apoio financeiro do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul – BRDE, Banco de Desenvolvimento do Paraná – BADEP, Bando do Estado do Paraná e da valiosa colaboração do historiador David Carneiro. Conta com aproximadamente 2.500 ex-libris de diversas procedências, inclusive de personalidades paraenses. Ely Azambuja colecionou por 60 anos essas preciosidades gráficas.

Elza Guerra Alemán (1939-    )
Natural de  São Paulo. Formada em Magistério, foi comerciante, gerente de loja, e atualmente é artesã. Gostava muito de escrever e participou em concursos literários, ganhando alguns prêmios. Seu marido, José Luís Alemán Alvarez, português, era designer e artista plástico. Em 1980 foi secretária do então Prefeito e por mais de quinze anos foi assessora de vários Secretários de Turismo de Embu das Artes. Por aproximadamente quatro anos foi orientadora na Biblioteca Central da cidade. Recebeu de presente uma coleção de ex-libris de Antônio Jacinto Teixeira Junior, colecionador notável e amigo íntimo da família. A coleção recebida tem como tema a luz, pois cada exemplar tem sempre uma fonte de luminosidade, seja uma vela, uma estrela, o sol ou um candeeiro. Uma coleção de mais de mil exemplares que em pouco tempo dobrou em número e cores. ⠀

Frei Pedro Sinzig O.F.M (1876-1952) 
Natural da cidade de Linz, às margens do Reno na Áustria. Naturalizou-se brasileiro em 09 de fevereiro de 1898. Pertenceu ao grupo dos primeiros franciscanos alemães, OFM. Veio para o Brasil, ainda noviço em 1898. Após servir na Bahia, veio para o Rio de Janeiro, onde se tornou conhecido no país pelos seus trabalhos literário e artístico, além de escritor e músico era também jornalista e professor. Além de todas essas atividades, Frei Pedro também colecionou como especialidade ex-líbris de assunto musical. O total da Coleção do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, organizada por Frei Pedro é de 2.200 dos quais 450 nacionais e 1750 estrangeiros; gravura em aço e cobre e outras técnicas de valor 400 exemplares: xilogravuras 520 exemplares; litografias e linóleos 250 exemplares; clichês 1.100; originais 20. Fonte: 1ª Exposição Municipal de Ex-líbris).   

Hernan Pires de Campos Seabra (1905-1975)

Natural de São Paulo. Escritor, foi presidente da Câmara Brasileira do Livro, bibliófilo e colecionador de Ex-Líbris.

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Homero Pires (1887-1962) 
Natural de Ituaçu, Bahia. Foi político, advogado, jornalista e bibliófilo. Ele foi diretor da Casa de Rui Barbosa, no Rio de Janeiro, e atuou como professor universitário nas Faculdade de Direito da Bahia e Faculdade de Direito da Universidade do Estado da Guanabara, sendo membro também da Academia Baiana de Letras. Foi ainda Diretor e Redator-chefe dos jornais O Estado e O Imparcial, ambos de Salvador. Atualmente a sua biblioteca particular e a coleção de ex-líbris estão na Biblioteca Central da Universidade de Brasília (UnB). A coleção presente na Biblioteca, assinalada como pertencente ao Homero Pires, apresenta 165 exemplares, contando as variantes e duplicatas, o total passa a ser de 175 exemplares. Mas, vários são os indícios de que sua coleção, provavelmente, era ainda maior. Fazem parte desta coleção, exemplares de ex-líbris da Biblioteca Nacional, do Visconde de Cavalcanti, Elysio de Carvalho, Affonso Arinos de Mello Franco, Solidonio Leite, Álvaro Moreyra, Nelson Coelho de Senna, entre outros.

Jenny Dreyfus (1905-1986) 

Natural de Pelotas, RS. Foi professora de ensino de 1º grau, tendo pertencido ao Quadro Permanente do Ministério de Educação e Cultura, com lotação no Colégio Professor Clovis Salgado. Diplomada em datilografia, ingressou no Curso de Museus do Museu Histórico Nacional e realizou seu Curso Secundário em Paris, no então “Curso Jacobina”. Foi museóloga assumindo a direção do Museu da República, em 1960. Especialista em Sigilografia desenvolveu uma bela coleção de ex-libris nacionais e estrangeiros, pessoais e institucionais com 1.511 exemplares que foi doada ao Museu da República em 1976. Além de colecionadora, foi artista de ex-líbris, criou o seu próprio ex-libris, e de personalidade como: Alvarus, Bastos Tigre, Clóvis Bornay, Rubens Borba de Moraes, Hagar Espanha, Vital Brasil. entre outros. A coleção Jenny Dreyfus está atualmente sob a guarda do Arquivo Histórico do Museu da República na cidade do Rio de Janeiro. Os ex-libris estão colados em folha de colecionador e acondicionados em caixas. O arranjo foi concebido pela própria Jenny contendo informações como o nome do ilustrador, técnica utilizada, nome do colecionador, entre outros. A coleção está identificada e catalogada seguindo as normas arquivísticas.

Jorge de Oliveira (1936-2018) 

Natural de Valença, RJ. Residiu na cidade de Caçador, SC até o seu falecimento em 2018.  Foi casado com Arnida Borille de Oliveira. Artista autodidata e de talento. Teve o primeiro contato com o ex-líbris em 1955, meio por acaso. Quando descobriu o significado da palavra ex-líbris no Novo Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa, ele ficou tão encantado com o significado que decidiu criar o seu primeiro ex-líbris. Se inspirou em São Jorge, que é a figura principal do seu ex-líbris tendo o escudo alemão em que apresenta alguns hieróglifos que é uma homenagem ao Egito. Em 1957, foi incentivado pelo Alberto Lima a formar sua própria coleção de ex-líbris que chegou a 15 mil exemplares, mas infelizmente devido a uma enchente onde residia em São Paulo, perdeu toda a sua coleção. Somente na década de 80 que através do incentivo dos amigos ex-libristas portugueses que Jorge iniciou uma nova coleção de ex-líbris chegando a um total de 6 mil exemplares.

Era um apaixonado pela arte do ex-librismo chegou a executar mais de 300 ex-libris para pessoas e instituições de todas as partes do mundo. Fez intercâmbios com os vários artistas e colecionadores, também promoveu diversas exposições pelo Brasil. Foi o primeiro Ex-librista brasileiro a ser incluído na Associação Portuguesa de Ex-libris.  Era considerado o último remanescente do ex-librismo no país.

José Augusto Bezerra (1948-     ) 

Natural de Alto Santo, CE. Bibliófilo, escritor, orador, ex-executivo de multinacionais, ex-professor de Teoria das Organizações, Ex-Grão-Mestre, Ex-Governador do Rotary, ex-Presidente do Instituto do Ceará e da Academia Cearense de Letras, possuidor de uma das importantes Bibliotecas particulares brasileiras, com aproximadamente 30.000 volumes raros.  membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro – IHGB, da Academia Portuguesa da História da Real Academia de Arqueologia Lusitana, Presidente do Instituto Cultural José Augusto Bezerra, Associação Brasileira de Bibliófilos e da empresa Augustus Empreendimentos Imobiliários Ltda, tendo recebido o Tróféu Sereia de Ouro pelo Sistema Verdes Mares de Comunicação. É autor de vários livros, dentre eles, podemos destacar: A História do Brasil em Manuscritos, 2011 (Bililíngue, português e inglês. 1º lugar no concurso internacional promovido pela Fundação Kalouste Gulbenkian, em Portugal, sobre o tema " A Presença de Portugal no Mundo".    artigo “Ex-Líbris: a marca de propriedade do livro” publicado na Revista do Instituto do Ceará, em 2006.

José Luiz Amaral Garaldi  (1949-2021) 

Nasceu em São Paulo no ano de 1949. Os seus estudos iniciais foram no tradicional Colégio Santa Cruz. Formado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas, concursado, foi morar e trabalhar no escritório brasileiro de representação comercial junto ao Consulado do Brasil em Nova York. A sua paixão pela bibliofilia no entanto, se interpôs na sua carreira de economista, e no regresso ao Brasil funda a Livraria Sereia em São Paulo, para onde convergiam os clientes e amigos que fez durante sua longa carreira de culto livreiro. Participou da publicação de diversos livros e ajudou, com pesquisas e sugestões diversas exposições, publicações e teses acadêmicas. Esteve sempre disponível para colaborar e esclarecer o que fosse pertinente à cultura e ao mercado bibliofílico. Tinha verdadeira satisfação de fazer chegar às mãos do estudioso ou do colecionador, aquela obra rara e necessária. Nos últimos anos, ele anexou à sua livraria, um ponto de venda de vinhos finos, outra de suas paixões. José Luiz Garaldi faleceu em 2021.

Fonte: https://www.susannebachbooks.com.br/peca.asp?ID=12863666

Kurt Prober (1909-2008) 

Alemão naturalizado brasileiro. Jornalista, historiador e numismata. Foi um dos grandes nomes da numismática brasileira. Fundador da Associação Brasileira de Numismática. Um dos grandes estudiosos da Maçonaria. Além disso, era detentor de coleções maçônicas e uma coleção de ex-libris maçônicos com cerca de 70 exemplares. Kurt Prober tinha a maior coleção de medalhas maçônicas com certa de 1.200 exemplares que está atualmente, no Museu Maçônico em Brasília. Ele também desenvolveu uma coleção de selos maçônicos, livros e documentos relacionados à maçonaria. Contava com uma biblioteca com aproximadamente 4.500 livros dos séculos 19 e 20 com referências a personagens ilustres da história nacional.

Fonte: FERNANDES, Raniel da Conceição. Maçonaria e ex-libris: entre mitos e símbolos, 2023. 

Luiz Felipe Peçanha Stelling (1966-     ) 
Natural de Niterói, RJ. Professor de Biologia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ). Mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense (2007). Pesquisador e colecionador de ex-líbris desde 1992. Autor do capítulo ‘Ex-líbris como objeto de estudo e coleção’ do Livro dos Ex-líbris (Imprensa Oficial de SP; ABL, 2014) e do artigo (juntamente com Thalles Siciliano) ‘Descrição de ex-líbris impressos para uso em bibliografias e catálogos automatizados’ (revista PontodeAcesso, 2022). Além dos ex-líbris, se interessa por literatura (prosa, poesia, tradução, história natural, ilusionismo, partituras e libretos), bibliofilia, encadernação, tipografia, conservação e restauração de livros e gravuras, heráldica, música clássica e ópera (grande admirador de Carlos Gomes, Villa-Lobos, Alberto Nepomuceno). É sócio da Bookplate Society (Reino Unido) e da Deutsche Exlibris-Gesellschaft (Alemanha). Sua coleção ex-librista inclui centenas de ex-líbris avulsos nacionais e estrangeiros (ainda em processo de organização), folhas de colecionador, portfólios de artista, artes e desenhos originais, memorabilia ex-librista, livros, catálogos e periódicos de ex-librismo.

Luiz Fernando de Carvalho (1956-     ) 
Natural do Rio de Janeiro. Reside em Castanhal, PA desde 1980. Coordena o espaço cultural “Estação Apehú: História, Humor e Arte”, centro de pesquisa do humor e memória histórica, com acervo focado nas artes gráficas e iconografia paranaense. Colecionador de Ex-líbris desde a década de 70, quando foi atraído pela beleza e diversidade dos ex-líbris, é como colecionar uma obra de arte em miniatura. Possui aproximadamente 7.000 ex-líbris, além de uma pequena biblioteca especializada sobre o assunto. Colecionador nato, coleciona também postais, silhuetas, caixas de fósforo, isqueiros, flâmulas, algumas delas na família por gerações e também coleciona caricaturas, outra paixão, chegando a ter mais de 2.000 originais.

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Luiz José Guintner (1933?-   ) 
Natural de Treze Tilias, SC. Escritor, bibliófilo e colecionador de ex-líbris.  Possuía uma biblioteca batizada de Biblioteca Von Hager Gintner, fundada em 1991, com aproximadamente 30 mil livros e documentos mais antigos que datam de 1500, foi vendida posteriormente. Começou a sua coleção de ex-líbris quando adquiriu a coleção de Kurt Prober e de João Mós. Tem uma coleção considerável com mais de 2 mil exemplares. A sua coleção tem abrangência temática geral e sua organização consiste em destinar a cada ex-líbris uma folha de colecionador contendo no cabeçalho Coleção Luiz José Gintner.

Manuel Esteves (19?? -   )
Um dos autores mais consagrados no ex-librismo brasileiro, é Manuel Esteves. Nascido na cidade de Grão Mogol em Minas Gerais, provavelmente no século 20. Fez parte da Diretoria da Sociedade de Amadores Brasileiros de Ex-líbris (SABEL), tendo sido também Diretor de Permutas do Clube Internacional de Ex-líbris.  Manuel Esteves é autor do primeiro livro que trata sobre os ex-líbris no Brasil. Tendo a primeira edição em 1954 e a reedição em 1956. A edição encontra-se esgotada, sendo referência e um clássico para os estudiosos sobre o assunto.

Marcelo da Silva Calheiros (1969- ) 
Natural do Rio Grande, RS. Bacharel em Gravura pela Universidade Federal de Pelotas (1997) e Especialista em Patrimônio Cultural na mesma instituição (2005). Artista plástico, gravador, professor de arte. Ministrou vários cursos na área da gravura artística, encadernação e exlibristica. Organizou várias exposições da Secult Pelotas e mostras com a temática do Ex-líbris, tendo sua coleção como foco. Foi um dos fundadores do Coletivo Cupins da Gravura (ainda ativo) e do Grupo Ex-Líbris Brasil (GELB). Experimentou à docência iniciando as atividades na Escola de Orientação Profissional  Assis Brasil e Artes (Gravura) na UFPEL, posteriormente na FURG (escultura/desenho) e nos colégio salesiano, sendo sua última experiência no Instituto Federal Campus Viamão. Atualmente se dedica integralmente a gerenciar o Atelier La Barca, onde trabalha nas áreas da gravura (Xilogravura, calco gravura, lithografia, serigrafia, monotipia e gravura digital) desenvolvendo também a pintura, desenho, encadernação e livro de artista. Faz também a confecção, criação e coleção de Ex-líbris. É colecionador de ex-líbris desde 1992, tendo como foco principal aspectos ligados à gravura e o livro (cartões postais, gravuras, impressos litográficos, notas fiscais antigas, etiquetas de livraria). Assim, definindo-se como nicho principal, a partir de 1999, a coleção, sistematização e pesquisa sobre o Ex-Líbris e o ex-librismo.

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Nuno Smith de Vasconcellos (1893-1943) 
Natural do Rio de Janeiro, RJ. Filho de Rodolpho Smith de Vasconcellos (2º Barão de Vasconcellos e Eugenia Virginia Pereira Felício (2ª Baronesa de Vasconcellos. Foi casado com Luella Mary Metz. Catedrático do Colégio Pedro II, autor de diversos livros didáticos; tomou parte na conflagração Européa de 1914; era comendador da Legião de Honra; cavaleiro da Real Ordem da Coroa da Bélgica e da Ordem Pontíficia de São João de Latrão, condecorado com as medalhas da Victoria, do Brasil; a Victory Medal e a Victory Bronze Button, ambas dos Estados Unidos da América. Serviu no Exército Americano, na 1º Grande Guerra Mundial.

Foi o maior colecionador de ex-líbris no Brasil na década de 40, e o segundo maior do mundo, abaixo do Rei Victor Emanuel da Itália. Seu acervo contava com mais de 7.000 mil ex-líbris. Era membro da comissão da Sociedade Brasileira de Ex-líbris - S.A.B.E.L., foi também um dos organizadores da exposição de ex-líbris. Sua coleção teve a maior quantidade de itens expostos, contabilizando 700 peças que participaram na exposição.  

Oldemar  Alvernaz de Oliveira Cunha ( ?- ? )

Foi um dos fundadores da Sociedade Brasileira de Ex-líbris – SABEL, criada com o objetivo de promover o gosto, o uso e de facilitar as trocas entre colecionadores.

Paulo Berger (1922 -2003)
Natural da cidade do Rio de Janeiro. Filho de Leopoldo Berger e de Sidônia Berger. Médico pediatra formado pela Faculdade de Medicinal em 1947. Também foi museólogo formado pelo Curso de Museus do Museu Histórico Nacional.  Pesquisador e historiador, principalmente, com relação à história do Rio de Janeiro. Foi vice-presidente do Museu de Armas Ferreira da Cunha (Petrópolis), membro da Comissão de Estudos Históricos da Cidade do Rio de Janeiro e da Comissão Especial para as Denominações dos Logradouros da Cidade do Rio de Janeiro, ex-membro da Sociedade Brasileira de Escritores Médicos e bolsista da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. Escreveu diversas obras: "Copacabana" (1959), "Bibliografia do Rio de Janeiro de viajantes e autores estrangeiros (1965 e 1980, 2ª ed.), "As freguesias do Rio Antigo vistas por Noronha Santos", "Dicionário histórico das ruas do Rio de Janeiro". I e II Reg. Adm. (1987), "A tipografia do Rio de Janeiro" (1984), "O Rio de ontem no cartão postal"(1983 e 1987, 2ª ed.), "Pinturas e pintores do Rio Antigo" (1990), "América Austral" (1989), etc., além de inúmeros artigos em revistas e jornais do Rio de Janeiro. 

Tinha uma expressiva coleção de ex-líbris. Iniciou a sua coleção na década de 1990, possuindo em torno de 800 ex-líbris brasileiros. O vasto e precioso acervo, muito bem organizado e acondicionado em álbuns, foi xerocado e examinado em vários momentos. Foi o idealizador do catálogo de ex-líbris brasileiros,  que está disponível na web, sem atualização  desde 2002. Infelizmente após o seu falecimento, o paradeiro da sua coleção de ex-líbris ainda é desconhecido.

Fonte: https://dibrarq.arquivonacional.gov.br/index.php/paulo-berger?fbclid=IwAR1HW11RPcK-R18WFSmVWbDFqQrrp13iw5qMlc-1xoxedDsdWnxyN3upl4w

Paulo Bodmer (19??-     )
Foi professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), palestrante, bibliófilo e colecionador de ex-líbris e de antiguidades gráficas. Começou a formar a sua coleção de ex-líbris na década de 1990, através de um livreiro que lhe ofereceu um ex-líbris. Destaca em sua coleção, o ex-líbris de Manuel Esteves, autor do primeiro livro publicado no Brasil sobre o assunto e de J. Leite que foi durante 40 anos, um dos maiores livreiros do Brasil. Possui seu próprio ex-líbris produzido e desenhado por Bianca Giacomelli.

Paulo Rezzutti (1972-    )

Natural da cidade de São Paulo, É arquiteto, youtuber, escritor, historiador e biógrafo Brasileiro. Atualmente, é um dos maiores autores best-sellers do Brasil. Os livros de sua coleção: "A história não contada", são adotadas por escolas particulares por todo o Brasil e indicadas para as escolas públicas. Prêmio Jabuti de Literatura em 2016 pela biografia "D. Pedro, a história não contada". Autor de diversas obras escritas sobre história do Brasil.

Possui uma coleção de ex-líbris brasileiros de particulares e instituições, no total de aproximadamente 220 itens.

Plinio Doyle (1909-2000) 

Natural da cidade do Rio de Janeiro. Importante bibliófilo carioca, advogado por profissão, entre 1935 e 1960, representou a famosa editora José Olympio. Reuniu uma biblioteca com mais de 25 mil livros, vendida, no ano de 1989, para a Fundação Casa de Rui Barbosa, na qual foi diretor do Arquivo-Museu da Literatura Brasileira. Destacou-se também como o anfitrião dos Sabadoyles, reuniões em que se encontravam intelectuais, como Carlos Drummond de Andrade e Paulo Mendes Campos. Plinio Doyle era um colecionador e designer gráfico que possui uma das maiores coleções de ex-libris do Brasil, com mais de 15.000 exemplares.

Fonte: https://correio.ims.com.br/perfil/plinio-doyle/

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